domingo, 22 de junho de 2008
Atualizando comentários de recentes concertos da OEMT pelo Sonora Brasil
Venho através deste tópico atualizar meus comentários sobre alguns concertos da Orquestra do ESTADO DE MATO GROSSO pelo Brasil. Bem... vamos começar pelo Estado do Rio Grande do Sul...
Nossa primeira parada neste estado foi em Porto Alegre, onde tivemos provavelmente o público de todos os concertos oficiais menor públivo desta etapa do Sonora Brasil, acredito que haviam no máximo 30 pessoas assistindo a OEMT, e foi um ótimo concerto mesmo com a quantidade minúscula de público, alguns concertos também no interior do RIO GRANDE foram assistidos por um público minúsculo, enfim... tendo como referência os concertos que fizemos no Paraná, em Santa Catarina, em Vitória e em Goiânia alguns concertos no Rio Grande do Sul foram os que tiveram menor público pois a média de público nos concertos da OEMT nestes estados citados anteriormente foi de 400 pessoas, destaco a beleza das cidades de Passo fundo, Pelotas e Caxias, destaco tambem o nosso melhor concerto no Rio Grande que foi realizado na cidade de Pelotas que ja foi o maior polo cultural do Rio Grande e um dos mais importantes do Brasil, um grande público, um grande teatro, realmente foi uma noite para jamais esquecermos, mesmo tendo viajado mais de nove horas de Passo Fundo para Pelotas, o que é completamente INVIÁVEL logisticamente falando, pois o músico para realizar um bom concerto precisa acima de tudo estar bem psicologicamente e principalmente fisicamente, o que nao é possivel depois de uma viajem de ônibus de mais de nove horas, mas quando vimos aquele lindo teatro em Pelotas e aquele Público caloroso nao tivemos outra alternativa a nao ser nos entregar de corpo e alma e fazer um grande concerto.. e foi exatamente o que aconteceu, gostaria de ressaltar tambem que nos foi prometido que viajaríamos de onibus no máximo trechos equivalentes a quatro horas de viajens, o que nao aconteceu no trecho Passo Fundo x Pelotas, e no trecho Palmas x Foz do Iguaçu que ocorreu extamente a mesma coisa.
Em Vitória tambem fizemos um concerto espetacular, ficamos hospedados na Praia Camburi, o teatro era belíssimo e o publico simplesmente ESPETACULAR!! Ao final da obra ''Bachianas Brasileiras 04'' do Vila, um senhor gritava eufórico na Platéia: ''EU ME SINTO MAIS BRASILEIRO MAESTRO!! EU ME SINTO MAIS BRASILEIRO MAESTRO!!''... Esta é a ocasião mais prazerosa que um artista pode encontrar e vivenciar, quando ele ouve e sente que a sua interpretação tocou o público de alguma forma.
Sobre o concerto em Brasília eu ja comentei em um tópíco específico anteriormente.
Na minha querida cidade de Goiania a OEMT fez um dos melhores concertos dentro desta grande viajem, a platéia esteve simplesmente irretocável e soube muito bem valorizar a grande atuação da OEMT com calorosos aplausos e com o pedido de três ''bis'' ao final do concerto,eu sou suspeito de tecer aqui comentários sobre a minha querida Goiânia, ela simplesmente é uma cidade Maravilhosa. Parabenizo o Sesc de Goiania pela estrutura e pela organização, a unica observação que faço aqui é para que da próxima vez seja preparado um grande TEATRO para receber uma orquestra do nível da OEMT, e não um minúsculo auditório como o do Senac Cora Coralina que tem inúmeras qualidades, acredito que este auditório pode ser aproveitado para diversas atividades, menos para espetáculos Orquestrais, por ser muito pequeno,e por nao ter camarins adequados para receber uma Orquestra, uma prova deste auditório ser pequeno foi a super lotação vista no dia do concerto da OEMT, eu pude perceber muuitas pessoas indo embora ao ver a super lotaçao do auditório. Mais uma vez meus parabens para o SESC local, voces estiveram brilhantes!!! Em Goiânia nós tivemos um grande susto, pois o SESC de Brasília resolveu enviar os instrumentos através de um transporte terrestre, e não por avião como geralmente acontece, então voces ja podem imaginar o que aconteceu, segundo o responsável pelos instrumentos houve um problema no veículo que transportava os mesmos... enfim.. foram momentos angustiantes pois os instrumentos não chegavam e os relógios ja marcavam mais de 20hs da noite, horário o qual deveria iniciar o concerto, mas o certo é que os instrumentos chegaram próximo as 21hs, entao o concerto pode finalmente começar.
O Concerto em Cuiabá tambem foi exelente e com casa cheia, muito obrigado ao povo cuiabano que mais uma vez recebeu sua orquestra com muita satisfação.
Em Palmas eu percebi uma cidade bastante estruturada, muito bem organizada e planejada, um teatro muito bom e um público muito interessado ouvir em Música de Concerto, o que falta mesmo em Palmas é uma exelente orquestra funcionando e tocando para o público de Palmas que ja a muito merece do governo local uma Orquestra de presente, tivemos um grande susto no embarque para Porto Velho, eu e mais cinco colegas estávamos lotados em outro voo e em outra data, ainda bem que no dia nao havia concerto e tivemos tempo suficiente para consertar este GRAVÍSSIMO ERRO e chegar em Porto Velho na madrugada do dia seguinte!! Imaginem só ... se neste dia tivesse concerto em Porto Velho... seria catastrófico!!! ERROS COMO ESTE SÃO PRIMÁRIOS E JAMAIS PODEM ACONTECER AO LONGO DE UMA TURNÈ COMO ESTA!!!
O Concerto em Porto Velho foi bem interessante tambem, o teatro nao estava lotado mas fizemos nossa parte, percebi uma cidade mal cuidada, meio abandonada e com pouca estrutura. Os ingressos para o concerto foram cobrados a 15 reais, o que vai contra o subtítulo do Sonora que é ''formação de ouvintes musicais'' e vai contra a realidade local de Porto Velho, nós tocamos em cidades com qualidades de vida muito altas como Goiania, Florianópolis, Curitiba, Blumenau etc.. e em muitas delas o valor do ingresso era irrisório ou ate mesmo entrada Franca. Gostaria de esclarecer que as críticas que aqui faço nao são para fins provocaticos, mas são estritamente construtivas, pois eu sei o quanto a região norte do Brasil é rica em extrativismo vegetal, mineral, inclusive petróleo e gás natural, e sem falar nas atividades de ecoturismo e no grande potencial hidrelétrico da região. Espero voltar em breve e nao me decepcionaar, percebendo melhoras e um amplo sinal de desenvolvimento na região, pois é isso que Cidadão Rondoniense merece.
LUCIANO PONTES-Spalla - Orquestra do Estado de Mato Grosso
Nossa primeira parada neste estado foi em Porto Alegre, onde tivemos provavelmente o público de todos os concertos oficiais menor públivo desta etapa do Sonora Brasil, acredito que haviam no máximo 30 pessoas assistindo a OEMT, e foi um ótimo concerto mesmo com a quantidade minúscula de público, alguns concertos também no interior do RIO GRANDE foram assistidos por um público minúsculo, enfim... tendo como referência os concertos que fizemos no Paraná, em Santa Catarina, em Vitória e em Goiânia alguns concertos no Rio Grande do Sul foram os que tiveram menor público pois a média de público nos concertos da OEMT nestes estados citados anteriormente foi de 400 pessoas, destaco a beleza das cidades de Passo fundo, Pelotas e Caxias, destaco tambem o nosso melhor concerto no Rio Grande que foi realizado na cidade de Pelotas que ja foi o maior polo cultural do Rio Grande e um dos mais importantes do Brasil, um grande público, um grande teatro, realmente foi uma noite para jamais esquecermos, mesmo tendo viajado mais de nove horas de Passo Fundo para Pelotas, o que é completamente INVIÁVEL logisticamente falando, pois o músico para realizar um bom concerto precisa acima de tudo estar bem psicologicamente e principalmente fisicamente, o que nao é possivel depois de uma viajem de ônibus de mais de nove horas, mas quando vimos aquele lindo teatro em Pelotas e aquele Público caloroso nao tivemos outra alternativa a nao ser nos entregar de corpo e alma e fazer um grande concerto.. e foi exatamente o que aconteceu, gostaria de ressaltar tambem que nos foi prometido que viajaríamos de onibus no máximo trechos equivalentes a quatro horas de viajens, o que nao aconteceu no trecho Passo Fundo x Pelotas, e no trecho Palmas x Foz do Iguaçu que ocorreu extamente a mesma coisa.
Em Vitória tambem fizemos um concerto espetacular, ficamos hospedados na Praia Camburi, o teatro era belíssimo e o publico simplesmente ESPETACULAR!! Ao final da obra ''Bachianas Brasileiras 04'' do Vila, um senhor gritava eufórico na Platéia: ''EU ME SINTO MAIS BRASILEIRO MAESTRO!! EU ME SINTO MAIS BRASILEIRO MAESTRO!!''... Esta é a ocasião mais prazerosa que um artista pode encontrar e vivenciar, quando ele ouve e sente que a sua interpretação tocou o público de alguma forma.
Sobre o concerto em Brasília eu ja comentei em um tópíco específico anteriormente.
Na minha querida cidade de Goiania a OEMT fez um dos melhores concertos dentro desta grande viajem, a platéia esteve simplesmente irretocável e soube muito bem valorizar a grande atuação da OEMT com calorosos aplausos e com o pedido de três ''bis'' ao final do concerto,eu sou suspeito de tecer aqui comentários sobre a minha querida Goiânia, ela simplesmente é uma cidade Maravilhosa. Parabenizo o Sesc de Goiania pela estrutura e pela organização, a unica observação que faço aqui é para que da próxima vez seja preparado um grande TEATRO para receber uma orquestra do nível da OEMT, e não um minúsculo auditório como o do Senac Cora Coralina que tem inúmeras qualidades, acredito que este auditório pode ser aproveitado para diversas atividades, menos para espetáculos Orquestrais, por ser muito pequeno,e por nao ter camarins adequados para receber uma Orquestra, uma prova deste auditório ser pequeno foi a super lotação vista no dia do concerto da OEMT, eu pude perceber muuitas pessoas indo embora ao ver a super lotaçao do auditório. Mais uma vez meus parabens para o SESC local, voces estiveram brilhantes!!! Em Goiânia nós tivemos um grande susto, pois o SESC de Brasília resolveu enviar os instrumentos através de um transporte terrestre, e não por avião como geralmente acontece, então voces ja podem imaginar o que aconteceu, segundo o responsável pelos instrumentos houve um problema no veículo que transportava os mesmos... enfim.. foram momentos angustiantes pois os instrumentos não chegavam e os relógios ja marcavam mais de 20hs da noite, horário o qual deveria iniciar o concerto, mas o certo é que os instrumentos chegaram próximo as 21hs, entao o concerto pode finalmente começar.
O Concerto em Cuiabá tambem foi exelente e com casa cheia, muito obrigado ao povo cuiabano que mais uma vez recebeu sua orquestra com muita satisfação.
Em Palmas eu percebi uma cidade bastante estruturada, muito bem organizada e planejada, um teatro muito bom e um público muito interessado ouvir em Música de Concerto, o que falta mesmo em Palmas é uma exelente orquestra funcionando e tocando para o público de Palmas que ja a muito merece do governo local uma Orquestra de presente, tivemos um grande susto no embarque para Porto Velho, eu e mais cinco colegas estávamos lotados em outro voo e em outra data, ainda bem que no dia nao havia concerto e tivemos tempo suficiente para consertar este GRAVÍSSIMO ERRO e chegar em Porto Velho na madrugada do dia seguinte!! Imaginem só ... se neste dia tivesse concerto em Porto Velho... seria catastrófico!!! ERROS COMO ESTE SÃO PRIMÁRIOS E JAMAIS PODEM ACONTECER AO LONGO DE UMA TURNÈ COMO ESTA!!!
O Concerto em Porto Velho foi bem interessante tambem, o teatro nao estava lotado mas fizemos nossa parte, percebi uma cidade mal cuidada, meio abandonada e com pouca estrutura. Os ingressos para o concerto foram cobrados a 15 reais, o que vai contra o subtítulo do Sonora que é ''formação de ouvintes musicais'' e vai contra a realidade local de Porto Velho, nós tocamos em cidades com qualidades de vida muito altas como Goiania, Florianópolis, Curitiba, Blumenau etc.. e em muitas delas o valor do ingresso era irrisório ou ate mesmo entrada Franca. Gostaria de esclarecer que as críticas que aqui faço nao são para fins provocaticos, mas são estritamente construtivas, pois eu sei o quanto a região norte do Brasil é rica em extrativismo vegetal, mineral, inclusive petróleo e gás natural, e sem falar nas atividades de ecoturismo e no grande potencial hidrelétrico da região. Espero voltar em breve e nao me decepcionaar, percebendo melhoras e um amplo sinal de desenvolvimento na região, pois é isso que Cidadão Rondoniense merece.
LUCIANO PONTES-Spalla - Orquestra do Estado de Mato Grosso
Porto Velho: próxima parada ...Porto Velho ?
(Carlos Gomes)A vida dá voltas ... o mundo gira ...são expressões comuns no nosso cotidiano, ou que alguma vez já ouvimos na vida... pois é , saímos de Porto Velho às 13 horas do sábado, 21 de junho, rumo a Rio Branco, Acre ... uma distância que se olharmos no mapa é relativamente curta ( são aproximadamente 50 minutos de vôo)...mas não foi bem assim ... tínhamos nossa passagem marcada para Brasília, onde faríamos conexão , para depois seguirmos a Rio Branco ... uma viagem de 2 horas e meia , uma espera de mais quatro horas e depois mais 3 horas e quinze de vôo até o Acre... uma verdadeira jornada ...e isso será rotina à partir de agora , quando estamos fazendo a parte norte do Brasil ... todos os vôos partem de Brasília , quase não há vôos diretos ... as companhias aéreas escolhem que rota desejam operar , o que é mais lucrativo ... vale frisar que neste caso havia um vôo direto da Gol , que por motivos que não sabemos não foi o escolhido ... Brasília , ou melhor dizendo o aeroporto, virou nossa segunda casa ... neste dia em especial houve um atraso de mais de uma hora e meia , o que prolongou ainda mais nossa estada na capital federal ... mas enfim saímos rumo ao Acre ( jamais pensei em toda minha vida que conheceria esse estado,uma verdadeira supresa, dada a beleza de sua capital )... quase ao final da viagem veio o fato que nos abalou ... o piloto anuncia : aeroporto de Rio Branco fechado por neblina ... teríamos que descer em Porto Velho ...que ??? ...de novo, não ??? ... a sensação de rodar mais de 12 horas e voltar ao mesmo ponto foi frustrante , ríamos para não chorar ... foi aproximadamente mais uma hora e meia em Rondônia , quando tivemos a notícia que poderíamos então seguir ... ufa ... siceramente achei que passaríamos a noite por lá ... e então tivemos nossos 50 minutos de vôo rumo a Rio Branco ... pousamos a 1:30 h horário local ( 2 horas a menos de Brasília)...um verdadeiro alívio em mais uma epopéia ... todos ansiosos em descer da aeronave e ir buscar sua mala ... e que demora !!!... Como custa chegar ao Acre ... uma verdadeira multidão se acotovelava no saguão, louca para pegar suas coisas e então poder descansar, rever parentes ,ir para o hotel ... calma ... os carrinhos estão chegando ... enfim ligaram a esteira ... e gira ... gira ... gira ... gira ...
Reflexões
(Leandro) Tivemos pouco tempo em Porto Velho (especialmente os 6 integrantes da Orquestra que ficaram para trás) e as rápidas impressões da cidade não foram das melhores. Percebemos a cidade um pouco mal cuidada e desorganizada.
Enfim, mudando de assunto, faço uma breve reflexão aqui, com intuito de colocar em pauta um aspecto crucial para o bom desempenho do Sonora Brasil. Depois de mais de 50 concertos, em quase 15 estados, podemos fazer uma análise comparativa que pode lançar luzes a algumas questões.
Antes de tudo, gostaria de frisar mais uma vez que a Orquestra do Estado de Mato Grosso participa do projeto Sonora Brasil com o mesmo objetivo do Sesc Nacional e dos departamentos regionais. Não estamos apenas cumprindo agenda, prestando um serviço, e ponto. Muito pelo contrário, nossa missão neste Projeto se justifica apenas quando há público ouvinte. Lembremos que o subtítulo do Sonora Brasil é ‘formação de ouvintes musicais’. Isso diz tudo.
Estamos conhecendo profundamente o sistema operacional do Sesc. Cada regional tem suas características e o sucesso de nossos concertos, em cada estado, depende muito da equipe técnica e da ‘cultura’ de cada unidade, ou seja, do modus operandi local. Percebemos que cada lugar tem conceitos enraizados e que são dificeis de se quebrar. O modo de gestão do Sesc respeita isso, sabemos, dando liberdade para cada unidade gerir suas atividades da maneira que lhe aprouver.
No entanto, quando se trata de um projeto de abrangência nacional, alguns critérios poderíam ser estabelecidos para evitar erros. Observo aqui, particularmente, a cobrança de ingressos. Cada regional tem liberdade para definir se cobra ou não, e o valor. Ontem, em Porto Velho, foi cobrado R$ 15,00 por ingresso. Foi a valor mais alto de todo o Brasil até o momento. Não é preciso dizer que isso limita o acesso. Uma familia de 4 pessoas gastaria R$ 60,00. O valor arrecadado, ainda que o teatro estivesse lotado, representaria uma receita mínima, diante dos investimentos realizados, insuficiente para cobrir os gastos mais prosaicos. Nada contra a cobrança de ingresso, mas deslocar uma Orquestra e praticar um valor desta natureza, em minha opinião, desvirtua o objetivo do projeto, afastando ouvintes e fez de democratizar e dar acesso ao maior número possível de pessoas.
A minha sugestão aqui é que se unifique o critério ‘cobrança de ingresso’ para todas as regionais com entrada gratuita ou, no máximo, R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). O ideal, para mim, seria oferecer entrada franca e ampla distribuição de ‘programas de concerto’ em formato profissional, grande e bonito, para as pessoas levarem para casa, com autógrafo dos músicos, lerem, relerem e guardarem com carinho.
Outro comentário. Quando chegamos em uma cidade quase podemos ‘sentir’ no ar se o concerto está bem divulgado ou não. Conversamos com as pessoas, andamos pela cidade e observamos a distribuição de cartazes e folhetos (quando há) em locais entratégicos. São 20 músicos fazendo isso! Lemos os jornais locais e assistimos televisão. Após algumas horas de ‘pequisa’ já podemos pressentir como será a noite. Por mais que alguns técnicos do Sesc digam que o evento foi ‘bem’ divulgado, isso não corresponde à realidade. Afinal, eles também não tem obrigações nesta área e, muitos deles, nem conhecimento específico e experiência para poder traçar uma boa estratégia de divulgação.
Esse é um ponto muito importante de todo o processo. Não é apenas uma questão de boa estrutura ou de uma ‘assessoria’ de comunicação à disposição do evento. É muito mais uma ‘atitude’, que pode fazer uma enorme diferença. Afinal, o investimento é muito grande para se levar uma Orquestra profissional para um concerto em Porto Velho (RO), por exemplo. Não só financeiro, mas pessoal e logístico. É um esforço enorme, que acontece raramente, que pode ser mal empregado se o trabalho de pré-produção não é feito com plenitude.
Todos nós da Orquestra temos nossas impressões confirmadas pelo público que comparece aos concertos. Ontem, por exemplo, não saiu nada nos jornais e na TV. Por que não? Até o momento já fomos matéria de capa dos maiores jornais de SC, PR, RS, ES, GO, MS, MT e TO. Por que nenhuma menção nos jornais de RO ao concerto da Orquestra. Muitas pessoas foram falar conosco depois do concerto para reclamar que conheciam dezenas de pessoas que adorariam estar ali! Mas não sabiam de nada .... O mesmo aqui em Rio Branco. Hoje é domingo e absolutamente nada nos jornais. Por que?
Estou fazendo estas obervações após o concerto de Porto Velho e pode parecer que foi um caso único. Não foi. Houve outros lugares em que esta situação aconteceu. Apenas sinto-me obrigado a tocar neste ponto, neste momento, para que os gestores que acompanham nossa turnê por este blog possam tirar algum proveito desta experiência, quer para o último mês de viagem da Orquestra do Estado de Mato Grosso, quer para as próximas edições do Sonora Brasil.
Não vou me aprofundar aqui em ‘como’ resolver este problema, mas fico à inteira disposição do Sesc Nacional para tratar desta questão. Insisto: pode-se criar uma metodologia eficiente para a ‘comunicação’ do Projeto como um todo, onde uma boa assessoria de imprensa seria parte fundamental para que bons resultados fossem alcançados.
PS: A viagem de Porto Velho à Rio Branco foi a mais ‘insana’ até o momento. Exitem duas opções: a primeira, um voô da Gol, direto, que dura 50 minutos. A segunda, um voô da TAM que vai a Brasília, faz conexão, e ‘volta’ para Rio Branco. Fomos pela segunda opção. Após uma espera de 5 horas em Brasília, pegamos a segunda parte do voô para Rio Branco. Quase chegando lá, fomos informados que o aeroporto estava fechado e que voltaríamos a Porto Velho! Hilário! 12 horas depois voltamos para o mesmo lugar. Uma viagem que poderia durar 50 minutos, durou 15 horas ... Fomos dormir, mais uma vez, às 4 da manhã. Não preciso dizer que, nesta altura do campeonato, o desgaste é total.
Para completar: o concerto é daqui a pouco, às 20:00 (horário local – 2 horas a menos que Brasília). À meia noite, deveremos estar no aeroporto para embarcar à 01:00da manhã. Chegaremos em Brasília às 05:00 da manhã, esperaremos até às 10:00 para embarcar para Macapá. Passaremos a noite no avião e, mais uma vez, no aeroporto de Brasília. Neste caso, não há outra opção. É o único voô disponível.
Enfim, mudando de assunto, faço uma breve reflexão aqui, com intuito de colocar em pauta um aspecto crucial para o bom desempenho do Sonora Brasil. Depois de mais de 50 concertos, em quase 15 estados, podemos fazer uma análise comparativa que pode lançar luzes a algumas questões.
Antes de tudo, gostaria de frisar mais uma vez que a Orquestra do Estado de Mato Grosso participa do projeto Sonora Brasil com o mesmo objetivo do Sesc Nacional e dos departamentos regionais. Não estamos apenas cumprindo agenda, prestando um serviço, e ponto. Muito pelo contrário, nossa missão neste Projeto se justifica apenas quando há público ouvinte. Lembremos que o subtítulo do Sonora Brasil é ‘formação de ouvintes musicais’. Isso diz tudo.
Estamos conhecendo profundamente o sistema operacional do Sesc. Cada regional tem suas características e o sucesso de nossos concertos, em cada estado, depende muito da equipe técnica e da ‘cultura’ de cada unidade, ou seja, do modus operandi local. Percebemos que cada lugar tem conceitos enraizados e que são dificeis de se quebrar. O modo de gestão do Sesc respeita isso, sabemos, dando liberdade para cada unidade gerir suas atividades da maneira que lhe aprouver.
No entanto, quando se trata de um projeto de abrangência nacional, alguns critérios poderíam ser estabelecidos para evitar erros. Observo aqui, particularmente, a cobrança de ingressos. Cada regional tem liberdade para definir se cobra ou não, e o valor. Ontem, em Porto Velho, foi cobrado R$ 15,00 por ingresso. Foi a valor mais alto de todo o Brasil até o momento. Não é preciso dizer que isso limita o acesso. Uma familia de 4 pessoas gastaria R$ 60,00. O valor arrecadado, ainda que o teatro estivesse lotado, representaria uma receita mínima, diante dos investimentos realizados, insuficiente para cobrir os gastos mais prosaicos. Nada contra a cobrança de ingresso, mas deslocar uma Orquestra e praticar um valor desta natureza, em minha opinião, desvirtua o objetivo do projeto, afastando ouvintes e fez de democratizar e dar acesso ao maior número possível de pessoas.
A minha sugestão aqui é que se unifique o critério ‘cobrança de ingresso’ para todas as regionais com entrada gratuita ou, no máximo, R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). O ideal, para mim, seria oferecer entrada franca e ampla distribuição de ‘programas de concerto’ em formato profissional, grande e bonito, para as pessoas levarem para casa, com autógrafo dos músicos, lerem, relerem e guardarem com carinho.
Outro comentário. Quando chegamos em uma cidade quase podemos ‘sentir’ no ar se o concerto está bem divulgado ou não. Conversamos com as pessoas, andamos pela cidade e observamos a distribuição de cartazes e folhetos (quando há) em locais entratégicos. São 20 músicos fazendo isso! Lemos os jornais locais e assistimos televisão. Após algumas horas de ‘pequisa’ já podemos pressentir como será a noite. Por mais que alguns técnicos do Sesc digam que o evento foi ‘bem’ divulgado, isso não corresponde à realidade. Afinal, eles também não tem obrigações nesta área e, muitos deles, nem conhecimento específico e experiência para poder traçar uma boa estratégia de divulgação.
Esse é um ponto muito importante de todo o processo. Não é apenas uma questão de boa estrutura ou de uma ‘assessoria’ de comunicação à disposição do evento. É muito mais uma ‘atitude’, que pode fazer uma enorme diferença. Afinal, o investimento é muito grande para se levar uma Orquestra profissional para um concerto em Porto Velho (RO), por exemplo. Não só financeiro, mas pessoal e logístico. É um esforço enorme, que acontece raramente, que pode ser mal empregado se o trabalho de pré-produção não é feito com plenitude.
Todos nós da Orquestra temos nossas impressões confirmadas pelo público que comparece aos concertos. Ontem, por exemplo, não saiu nada nos jornais e na TV. Por que não? Até o momento já fomos matéria de capa dos maiores jornais de SC, PR, RS, ES, GO, MS, MT e TO. Por que nenhuma menção nos jornais de RO ao concerto da Orquestra. Muitas pessoas foram falar conosco depois do concerto para reclamar que conheciam dezenas de pessoas que adorariam estar ali! Mas não sabiam de nada .... O mesmo aqui em Rio Branco. Hoje é domingo e absolutamente nada nos jornais. Por que?
Estou fazendo estas obervações após o concerto de Porto Velho e pode parecer que foi um caso único. Não foi. Houve outros lugares em que esta situação aconteceu. Apenas sinto-me obrigado a tocar neste ponto, neste momento, para que os gestores que acompanham nossa turnê por este blog possam tirar algum proveito desta experiência, quer para o último mês de viagem da Orquestra do Estado de Mato Grosso, quer para as próximas edições do Sonora Brasil.
Não vou me aprofundar aqui em ‘como’ resolver este problema, mas fico à inteira disposição do Sesc Nacional para tratar desta questão. Insisto: pode-se criar uma metodologia eficiente para a ‘comunicação’ do Projeto como um todo, onde uma boa assessoria de imprensa seria parte fundamental para que bons resultados fossem alcançados.
PS: A viagem de Porto Velho à Rio Branco foi a mais ‘insana’ até o momento. Exitem duas opções: a primeira, um voô da Gol, direto, que dura 50 minutos. A segunda, um voô da TAM que vai a Brasília, faz conexão, e ‘volta’ para Rio Branco. Fomos pela segunda opção. Após uma espera de 5 horas em Brasília, pegamos a segunda parte do voô para Rio Branco. Quase chegando lá, fomos informados que o aeroporto estava fechado e que voltaríamos a Porto Velho! Hilário! 12 horas depois voltamos para o mesmo lugar. Uma viagem que poderia durar 50 minutos, durou 15 horas ... Fomos dormir, mais uma vez, às 4 da manhã. Não preciso dizer que, nesta altura do campeonato, o desgaste é total.
Para completar: o concerto é daqui a pouco, às 20:00 (horário local – 2 horas a menos que Brasília). À meia noite, deveremos estar no aeroporto para embarcar à 01:00da manhã. Chegaremos em Brasília às 05:00 da manhã, esperaremos até às 10:00 para embarcar para Macapá. Passaremos a noite no avião e, mais uma vez, no aeroporto de Brasília. Neste caso, não há outra opção. É o único voô disponível.
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